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Como funciona o Ouija

  • Foto do escritor: Consultor Holístico
    Consultor Holístico
  • 3 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

O ouija se popularizou no final do século XIX, no auge do Espiritismo. Desde meados do século XX, é vendido como brinquedo de tabuleiro. 


A peça possui um ponteiro indicador, números e letras. Seus defensores acreditam que é uma ferramenta válida para entrar em contato com os mortos, enquanto seus detratores afirmam que se trata de uma fraude destinada a enganar pessoas crédulas e ingênuas.

Um grupo de pesquisadores fez um experimento para determinar se o ouija era de fato movido por forças paranormais. Para isso, reuniu um grupo de voluntários para uma sessão com o tabuleiro.

Na primeira rodada do jogo, os participantes ficaram com os olhos descobertos, e o ponteiro de fato parecia se mover para uma direção precisa, dando a entender que era guiado pelo avô falecido de uma das voluntárias. No entanto, na segunda rodada, na qual os olhos dos participantes estavam cobertos, o ponteiro se movia aleatoriamente pelo tabuleiro.

Isso indicaria que o que realmente opera o ouija é uma série de movimentos involuntários, um fenômeno ideomotor, que faz com que, inconscientemente, os participantes manejem o ponteiro conforme seus preceitos.


Efeito ideomotor


Efeito ideomotor é a influência da sugestão sobre comportamentos motores involuntários e inconscientes. O termo "ação ideomotora" foi cunhado por William B. Carpenter em 1852, em sua explicação dos movimentos dos bastões e pêndulos dos radiestesistas e de alguns dos movimentos de inclinação e levitação de mesas dos médiuns espíritas (aqueles movimentos que não eram conseguidos através de trapaça).


Carpenter argumentava que o movimento muscular poderia ser desencadeado pela mente, independentemente da vontade ou das emoções. Pode-se não estar ciente do fato, mas outras pessoas ou observações podem induzir sugestões à mente, que podem influenciá-la e afetar o comportamento motor.


Testes científicos realizados pelo psicólogo americano William James, pelo químico francês Michel Chevreul, pelo cientista inglês Michael Faraday e pelo psicólogo americano Ray Hyman demonstraram que muitos dos fenômenos atribuídos a forças espirituais ou paranormais, ou a "energias" misteriosas, devem-se na verdade à ação ideomotora. Além disso, esses testes demonstraram que "pessoas honestas e inteligentes podem inconscientemente desempenhar uma atividade muscular compatível com suas expectativas" (Hyman 1999).


Também demonstraram que sugestões capazes de guiar o comportamento podem ser induzidas através de pistas discretas (Hyman 1977).


O movimento de apontadores em tabuleiros Ouija, das mãos de um facilitador na comunicação facilitada, de mãos e braços na cinesiologia aplicada e alguns dos comportamentos atribuídos à sugestão hipnótica se devem à ação ideomotora.


Ray Hyman (1999) demonstrou a influência atraente da ação ideomotora no charlatanismo médico, onde produziu dispositivos como o "Detetor de Radiação de Toftness" (usado por quiropráticos) e "caixas pretas" usadas na radiestesia médica e na radiônica (popular entre os naturopatas para captar "energias" usadas em diagnósticos e tratamentos.) Hyman também argumenta que coisas como o Qi Gong e o "diagnóstico pelo pulso," populares tanto na Medicina Tradicional Chinesa como na Medicina Ayurvédica praticada por Deepak Chopra, são melhor explicados através da ação ideomotora e não requerem que se suponha a presença de nenhuma energia misteriosa como o chi.


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