Extinção em Massa Era do Holoceno
- Consultor Holístico
- 9 de jun. de 2018
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Na escala de tempo geológico, o Holoceno ou Holocênico é a época do Período Quaternário da Era Cenozoica do Éon Fanerozoico, que se iniciou há cerca de 11,5 mil anos e se estende até o presente, onde a humanidade se desenvolveu.

O desenvolvimento da humanidade se deu principalmente graças ao clima mais ameno e estável. Os grupos nômades de caçadores-coletores passaram para uma população com casas fixas de mais de 6 bilhões de pessoas, que estão agrupadas em complexas organizações sociais com nacionalidades, culturas e modos de vida.
Durante o Holoceno, o clima sofreu drásticas mudanças em relação à temperatura, chuva, nível médio do mar, entre outros aspectos. Indicadores climáticos mostraram que o El Niño também foi impactado pelas mudanças climáticas ocorridas no Holoceno, que podem ter sido geradas pela variação nos parâmetros orbitais.
Neste mesmo período, também ocorreu a extinção em massa de diversos animais e vegetais, principalmente de grandes mamíferos, por volta de 9.000 a 13.000 anos atrás, ou seja, ao final da última glaciação, no limite Pleistoceno - Holoceno. Este grande evento pode estar relacionado a dois outros eventos que ocorreram na mesma época, sendo eles a mudança climática e a fixação dos povos humanos. A quantidade de espécies que estão entrando em extinção é superior a quantidade de novas espécies ou até mesmo de nascimento de animais e vegetais.

Com todas estas mudanças que ocorreram e continuam a ocorrer, teve início uma nova corrente de pesquisa, na qual os pesquisadores propõem uma época nova, o Antropoceno. No entanto, para que esta nova época seja efetivamente reconhecida na tabela geológica é necessário que se tenha uma significância ou ocorrência global que marque o estratotipo globalmente, um golden Spike. Esta significância ou golden Spike é um ponto que marca o limite entre tempos geológicos diferentes, e o grande desafio está sendo encontrar este ponto que determina o início do Antropoceno para que esta nova nomenclatura seja aceita sem ressalvas pela comunidade científica da geologia mundial. Embora seja aceito que o homem seja o grande causador de algumas mudanças que estão ocorrendo na Terra, não se sabe precisar se estes impactos se iniciaram com o advento da agricultura ou da industrialização, se estão relacionados ao crescimento da população e ao uso de recursos naturais. No final do século XIX e início do século XX, a sociedade deixou de ser industrial e passou a ser uma sociedade de informação, com um grande aumento da população global e consequente consumo de recursos naturais, modificando ainda mais o planeta Terra.

Extinção em massa do Holoceno é a extinção em massa de espécies, em escala mundial, que está ocorrendo durante a moderna época geológica do Holoceno. A grande quantidade de extinções cobre numerosas famílias de plantas e animais incluindo mamíferos, aves, anfíbios, répteis e artrópodes; boa parte das quais nas florestas tropicais.
Esta extinção em massa é às vezes denominada sexta extinção, por seguir-se às cinco anteriores, ocorridas nos últimos 420 milhões de anos. Desde 1500 AD, 784 extinções foram documentadas pela IUCN. Contudo, visto que a maioria das extinções provavelmente não são documentadas, os cientistas calculam que durante o último século, entre 20.000 e dois milhões de espécies tenham se extinguido, mas o número total não pode ser determinado mais precisamente dentro dos limites do conhecimento atual. Até 140.000 espécies por ano (baseando-se na teoria espécie-área pode ser a taxa atual de extinção, tendo por base o limite superior estimado.

Em sentido amplo, a extinção em massa do Holoceno inclui o desaparecimento notável de grandes mamíferos, conhecidos como megafauna, ao fim da última glaciação, de 9.000 a 13.000 anos atrás. Tais desaparecimentos tem sido considerados ou como uma resposta às mudanças climáticas, o resultado da proliferação dos humanos modernos, ou ambos. Estas extinções, que ocorreram perto do limite Pleistoceno-Holoceno, são às vezes citadas como extinções em massa do Pleistoceno ou extinções em massa da Era do Gelo. Todavia, a extinção em massa do Holoceno continua através dos vários milênios passados e inclui o tempo presente.

A taxa de extinção observada tem se acelerado dramaticamente nos últimos 50 anos. Não há uma concordância generalizada se as extinções mais recentes devem ser consideradas como um evento distinto ou meramente como parte de um único processo crescente. Somente durante estas partes mais recentes da extinção em massa, as plantas sofreram grandes perdas. Acima de tudo, a extinção em massa do Holoceno é caracterizada mais significativamente pela presença de fatores de influência humana e é muito curta em termos de tempo geológico (dezenas a milhares de anos) se comparada a maioria das outras extinções em massa.
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